A coleção
Coleção Soberana
Espero pela sua ascensão todas as manhãs o rei cíano vence e grassa com sua dourada uso a folhagem para me proteger de sua amada busco me obstruir de sua visão que’ima o tenro. A espiral do silêncio se avoluma a cada manhã a multidão cinza alastra-se e o belo é nebuloso Seres acumuladores, egoístas, disputam o poder Me fecho, acredito ser pela última vez. Me calo. Adormecido, ignoro o brilho das novas manhãs a sós, remoo pensamentos que me envolvem minhas faculdades disparam nesta nebulosa o corpo, cativeiro, envelhece, idéias remiram. Espero pela minha ascensão todas as manhãs finalmente a rainha volta e grassa sua graça da folhagem me desprendo emulando sua dádiva do desejo minhas asas vencer suas leis. Ramon Arzerra, 31/03/2019